“Desde que me entendo por gente, escrevo. Não me recordo quando aprendi, não me recordo como ou porquê comecei. Apenas escrevo. Minha imaginação sempre foi ótima, até um pouco ativa demais, por assim dizer. Já escrevi histórias, crônicas, contos, letras de música e até me arrisquei em poemas… Os tipos variavam, o assunto mudava, mas o cérebro, nem tanto. Digo que comecei a escrever para afastar as ‘vozes’ que surgem para mim. Calar pensamentos muito altos. Motivos, tenho infinitos.
Quase sempre, não escrevo especificamente para alguém, a não ser a mim mesma. Algumas vezes, alguém se identifica e comenta, e quando são histórias, peço vez ou outra a opinião de algum amigo disponível no momento. Apenas tenho isso sabe? De querer escrever a maior parte do meu tempo, de precisar fazer isso, é como oxigênio para mim. Cada um tem seu modo de fugir do mundo, mas no meu caso, não fujo, me mantenho nele. Percorro frases e tento tirar os ‘barulhos’ dentro de mim que modificam minha harmonia. Às vezes, são textos sem conexão para muitos, às vezes, nem eu sei o que irá surgir…”
